terça-feira, 31 de agosto de 2010
historia biblica... Jesus Cristo: A Ressurreição -Jo 20.1-10
Então foi correndo até o lugar onde estavam Simão Pedro e outro discípulo, aquele que Jesus amava, e disse: —Tiraram o Senhor Jesus do túmulo, e não sabemos onde o puseram!
Então Pedro e o outro discípulo foram até o túmulo.
Os dois saíram correndo juntos, mas o outro correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro.
Ele se abaixou para olhar lá dentro e viu os lençóis de linho; porém não entrou no túmulo.
Mas Pedro, que chegou logo depois, entrou. Ele também viu os lençóis colocados ali e a faixa que tinham posto em volta da cabeça de Jesus. A faixa não estava junto com os lençóis, mas estava enrolada ali ao lado.
Aí o outro discípulo, que havia chegado primeiro, também entrou no túmulo. Ele viu e creu. (Eles ainda não tinham entendido as Escrituras Sagradas, que dizem que era preciso que Jesus ressuscitasse.)
E os dois voltaram para casa.
Maria Madalena tinha ficado perto da entrada do túmulo, chorando. Enquanto chorava, ela se abaixou, olhou para dentro e viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus. Um estava na cabeceira, e o outro, nos pés.
Os anjos perguntaram: —Mulher, por que você está chorando? Ela respondeu: —Levaram embora o meu Senhor, e eu não sei onde o puseram!
Depois de dizer isso, ela virou para trás e viu Jesus ali de pé, mas não o reconheceu.
Então Jesus perguntou: —Mulher, por que você está chorando? Quem é que você está procurando? Ela pensou que ele era o jardineiro e por isso respondeu: —Se o senhor o tirou daqui, diga onde o colocou, e eu irei buscá-lo. —Maria! —disse Jesus. Ela virou e respondeu em hebraico: —“Rabôni!” (Esta palavra quer dizer “Mestre”.)
Jesus disse: —Não me segure, pois ainda não subi para o meu Pai. Vá se encontrar com os meus irmãos e diga a eles que eu vou subir para aquele que é o meu Pai e o Pai deles, o meu Deus e o Deus deles.
Então Maria Madalena foi e disse aos discípulos de Jesus: —Eu vi o Senhor! E contou o que Jesus lhe tinha dito.
Naquele mesmo domingo, à tarde, os discípulos de Jesus estavam reunidos de portas trancadas, com medo dos líderes judeus. Então Jesus chegou, ficou no meio deles e disse: —Que a paz esteja com vocês!
Em seguida lhes mostrou as suas mãos e o seu lado. E eles ficaram muito alegres ao verem o Senhor.
Então Jesus disse de novo: —Que a paz esteja com vocês! Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês.
Depois soprou sobre eles e disse: —Recebam o Espírito Santo.
Se vocês perdoarem os pecados de alguém, esses pecados são perdoados; mas, se não perdoarem, eles não são perdoados.
historia biblica... Jesus Cristo: Crucificação e morte - Jo 19.17-42
Ali os soldados pregaram Jesus na cruz. E crucificaram também outros dois homens, um de cada lado dele.
Pilatos mandou escrever um letreiro e colocá-lo na parte de cima da cruz. Nesse letreiro estava escrito em hebraico, latim e grego: “Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus”. Muitas pessoas leram o letreiro porque o lugar em que Jesus foi crucificado ficava perto da cidade.
Então os chefes dos sacerdotes disseram a Pilatos: —Não escreva: “Rei dos Judeus”; escreva: “Este homem disse: Eu sou o Rei dos Judeus”.
—O que escrevi escrevi! —respondeu Pilatos.
Depois que os soldados crucificaram Jesus, pegaram as roupas dele e dividiram em quatro partes, uma para cada um. Mas a túnica era sem costura, toda tecida numa só peça de alto a baixo.
Por isso os soldados disseram uns aos outros: —Não vamos rasgar a túnica. Vamos tirar a sorte para ver quem fica com ela. Isso aconteceu para que se cumprisse o que as Escrituras Sagradas dizem: “Repartiram entre si as minhas roupas e fizeram sorteio da minha túnica.” E foi isso o que os soldados fizeram.
Perto da cruz de Jesus estavam a sua mãe, e a irmã dela, e Maria, a esposa de Clopas, e também Maria Madalena.
Quando Jesus viu a sua mãe e perto dela o discípulo que ele amava, disse a ela: —Este é o seu filho.
Em seguida disse a ele: —Esta é a sua mãe. E esse discípulo levou a mãe de Jesus para morar dali em diante na casa dele.
Agora Jesus sabia que tudo estava completado. Então, para que se cumprisse o que dizem as Escrituras Sagradas, disse: —Estou com sede!
Havia ali uma vasilha cheia de vinho comum. Molharam no vinho uma esponja, puseram a esponja num bastão de hissopo e a encostaram na boca de Jesus.
30 Quando ele tomou o vinho, disse: —Tudo está completado! Então baixou a cabeça e morreu.
Então os líderes judeus pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas dos que tinham sido crucificados e mandasse tirá-los das cruzes. Pediram isso porque era sexta-feira e não queriam que, no sábado, os corpos ainda estivessem nas cruzes. E aquele sábado era especialmente santo.
Os soldados foram e quebraram as pernas do primeiro homem que tinha sido crucificado com Jesus e depois quebraram as pernas do outro.
Mas, quando chegaram perto de Jesus, viram que ele já estava morto e não quebraram as suas pernas.
Porém um dos soldados furou o lado de Jesus com uma lança. No mesmo instante saiu sangue e água.
Quem viu isso contou o que aconteceu para que vocês também creiam. O que ele disse é verdade, e ele sabe que fala a verdade.
Isso aconteceu para que se cumprisse o que as Escrituras Sagradas dizem: “Nenhum dos seus ossos será quebrado.”
E em outro lugar as Escrituras Sagradas dizem: “Eles olharão para aquele a quem atravessaram com a lança.”
Depois disso, José, da cidade de Arimatéia, pediu licença a Pilatos para levar o corpo de Jesus. (José era seguidor de Jesus, mas em segredo porque tinha medo dos líderes judeus.) Pilatos deu licença, e José foi e retirou o corpo de Jesus.
Nicodemos, aquele que tinha ido falar com Jesus à noite, foi com José, levando uns trinta e cinco quilos de uma mistura de aloés e mirra.
Os dois homens pegaram o corpo de Jesus e o enrolaram em lençóis nos quais haviam espalhado essa mistura. Era assim que os judeus preparavam os corpos dos mortos para serem sepultados.
No lugar onde Jesus tinha sido crucificado havia um jardim com um túmulo novo onde ninguém ainda tinha sido colocado.
Puseram ali o corpo de Jesus porque o túmulo ficava perto e também porque o sábado dos judeus ia começar logo.
historia biblica... Jesus Cristo: Ressuscita Lázaro - Jo 11.1-46
As duas irmãs mandaram dizer a Jesus: —Senhor, o seu querido amigo Lázaro está doente!
Quando Jesus recebeu a notícia, disse: —O resultado final dessa doença não será a morte de Lázaro. Isso está acontecendo para que Deus revele o seu poder glorioso; e assim, por causa dessa doença, a natureza divina do Filho de Deus será revelada.
Jesus amava muito Marta, e a sua irmã, e também Lázaro.
Porém quando soube que Lázaro estava doente, ainda ficou dois dias onde estava.
Então disse aos seus discípulos: —Vamos voltar para a Judéia.
Mas eles disseram: —Mestre, faz tão pouco tempo que o povo de lá queria matá-lo a pedradas, e o senhor quer voltar?
Jesus respondeu: —Por acaso o dia não tem doze horas? Se alguém anda de dia não tropeça porque vê a luz deste mundo.
Mas, se anda de noite, tropeça porque nele não existe luz.
Jesus disse isso e depois continuou: —O nosso amigo Lázaro está dormindo, mas eu vou lá acordá-lo.
—Senhor, se ele está dormindo, isso quer dizer que vai ficar bom! —disseram eles.
Mas o que Jesus queria dizer era que Lázaro estava morto. Porém eles pensavam que ele estivesse falando do sono natural.
Então Jesus disse claramente: —Lázaro morreu, mas eu estou alegre por não ter estado lá com ele, pois assim vocês vão crer. Vamos até a casa dele.
Então Tomé, chamado “o Gêmeo”, disse aos outros discípulos: —Vamos nós também a fim de morrer com o Mestre!
Quando Jesus chegou, já fazia quatro dias que Lázaro havia sido sepultado.
Betânia ficava a menos de três quilômetros de Jerusalém, e muitas pessoas tinham vindo visitar Marta e Maria para as consolarem por causa da morte do irmão.
Quando Marta soube que Jesus estava chegando, foi encontrar-se com ele. Porém Maria ficou sentada em casa.
Então Marta disse a Jesus: —Se o senhor estivesse aqui, o meu irmão não teria morrido!
Mas eu sei que, mesmo assim, Deus lhe dará tudo o que o senhor pedir a ele.
—O seu irmão vai ressuscitar! —disse Jesus.
Marta respondeu: —Eu sei que ele vai ressuscitar no último dia!
Então Jesus afirmou: —Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim nunca morrerá. Você acredita nisso?
—Sim, senhor! —disse ela. —Eu creio que o senhor é o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo.
Depois de dizer isso, Marta foi, chamou Maria, a sua irmã, e lhe disse em particular: —O Mestre chegou e está chamando você.
Quando Maria ouviu isso, levantou-se depressa e foi encontrar-se com Jesus.
Pois ele não tinha chegado ao povoado, mas ainda estava no lugar onde Marta o havia encontrado.
As pessoas que estavam na casa com Maria, consolando-a, viram que ela se levantou e saiu depressa. Então foram atrás dela, pois pensavam que ela ia ao túmulo para chorar ali.
Maria chegou ao lugar onde Jesus estava e logo que o viu caiu aos pés dele e disse: —Se o senhor tivesse estado aqui, o meu irmão não teria morrido!
Jesus viu Maria chorando e viu as pessoas que estavam com ela chorando também. Então ficou muito comovido e aflito e perguntou: —Onde foi que vocês o sepultaram? —Venha ver, senhor! —responderam.
Jesus chorou. Então as pessoas disseram: —Vejam como ele amava Lázaro!
Mas algumas delas disseram: —Ele curou o cego. Será que não poderia ter feito alguma coisa para que Lázaro não morresse?
Jesus ficou outra vez muito comovido. Ele foi até o túmulo, que era uma gruta com uma pedra colocada na entrada, e ordenou: —Tirem a pedra! Marta, a irmã do morto, disse: —Senhor, ele está cheirando mal, pois já faz quatro dias que foi sepultado!
Jesus respondeu: —Eu não lhe disse que, se você crer, você verá a revelação do poder glorioso de Deus?
Então tiraram a pedra. Jesus olhou para o céu e disse: —Pai, eu te agradeço porque me ouviste.
Eu sei que sempre me ouves; mas eu estou dizendo isso por causa de toda esta gente que está aqui, para que eles creiam que tu me enviaste.
Depois de dizer isso, gritou: —Lázaro, venha para fora!
E o morto saiu. Os seus pés e as suas mãos estavam enfaixados com tiras de pano, e o seu rosto estava enrolado com um pano. Então Jesus disse: —Desenrolem as faixas e deixem que ele vá.
Muitas pessoas que tinham ido visitar Maria viram o que Jesus tinha feito e creram nele.
Mas algumas pessoas voltaram e contaram aos fariseus o que ele havia feito.
historia biblica... Jesus Cristo: Multiplica o lanche de um menino - Jo 6.5-13
historia biblica... Jesus Cristo: Cura um cego de nascença - Jo 9.1-41
E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?
Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus.
É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar.
Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.
Dito isso, cuspiu na terra e, tendo feito lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego,
dizendo-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que quer dizer Enviado). Ele foi, lavou-se e voltou vendo.
Então, os vizinhos e os que dantes o conheciam de vista, como mendigo, perguntavam: Não é este o que estava assentado pedindo esmolas?
Uns diziam: É ele. Outros: Não, mas se parece com ele. Ele mesmo, porém, dizia: Sou eu.
Perguntaram-lhe, pois: Como te foram abertos os olhos?
Respondeu ele: O homem chamado Jesus fez lodo, untou-me os olhos e disse-me: Vai ao tanque de Siloé e lava-te. Então, fui, lavei-me e estou vendo.
Disseram-lhe, pois: Onde está ele? Respondeu: Não sei.
Levaram, pois, aos fariseus o que dantes fora cego.
E era sábado o dia em que Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos.
Então, os fariseus, por sua vez, lhe perguntaram como chegara a ver; ao que lhes respondeu: Aplicou lodo aos meus olhos, lavei-me e estou vendo.
Por isso, alguns dos fariseus diziam: Esse homem não é de Deus, porque não guarda o sábado. Diziam outros: Como pode um homem pecador fazer tamanhos sinais? E houve dissensão entre eles.
De novo, perguntaram ao cego: Que dizes tu a respeito dele, visto que te abriu os olhos? Que é profeta, respondeu ele.
Não acreditaram os judeus que ele fora cego e que agora via, enquanto não lhe chamaram os pais e os interrogaram: É este o vosso filho, de quem dizeis que nasceu cego? Como, pois, vê agora?
Então, os pais responderam: Sabemos que este é nosso filho e que nasceu cego; mas não sabemos como vê agora; ou quem lhe abriu os olhos também não sabemos. Perguntai a ele, idade tem; falará de si mesmo.
Isto disseram seus pais porque estavam com medo dos judeus; pois estes já haviam assentado que, se alguém confessasse ser Jesus o Cristo, fosse expulso da sinagoga.
Por isso, é que disseram os pais: Ele idade tem, interrogai-o.
Então, chamaram, pela segunda vez, o homem que fora cego e lhe disseram: Dá glória a Deus; nós sabemos que esse homem é pecador.
Ele retrucou: Se é pecador, não sei; uma coisa sei: eu era cego e agora vejo.
Perguntaram-lhe, pois: Que te fez ele? como te abriu os olhos?
Ele lhes respondeu: Já vo-lo disse, e não atendestes; por que quereis ouvir outra vez? Porventura, quereis vós também tornar-vos seus discípulos?
Então, o injuriaram e lhe disseram: Discípulo dele és tu; mas nós somos discípulos de Moisés.
Sabemos que Deus falou a Moisés; mas este nem sabemos donde é.
Respondeu-lhes o homem: Nisto é de estranhar que vós não saibais donde ele é, e, contudo, me abriu os olhos.
Sabemos que Deus não atende a pecadores; mas, pelo contrário, se alguém teme a Deus e pratica a sua vontade, a este atende.
Desde que há mundo, jamais se ouviu que alguém tenha aberto os olhos a um cego de nascença.
Se este homem não fosse de Deus, nada poderia ter feito.
Mas eles retrucaram: Tu és nascido todo em pecado e nos ensinas a nós? E o expulsaram.
Ouvindo Jesus que o tinham expulsado, encontrando-o, lhe perguntou: Crês tu no Filho do Homem?
Ele respondeu e disse: Quem é, Senhor, para que eu nele creia?
E Jesus lhe disse: Já o tens visto, e é o que fala contigo.
Então, afirmou ele: Creio, Senhor; e o adorou.
Prosseguiu Jesus: Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não vêem vejam, e os que vêem se tornem cegos.
Alguns dentre os fariseus que estavam perto dele perguntaram-lhe: Acaso, também nós somos cegos?
Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum; mas, porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado.
historia biblica... Jesus Cristo: Cura um homem dominado por demônios - Lc 8.26-39
Assim que Jesus saiu do barco, um homem daquela cidade foi encontrar-se com ele. Esse homem estava dominado por demônios. Fazia muito tempo que ele andava sem roupas e não morava numa casa, mas vivia nos túmulos do cemitério.
Quando viu Jesus, o homem deu um grito, caiu no chão diante dele e disse bem alto: —Jesus, Filho do Deus Altíssimo! O que o senhor quer de mim? Por favor, não me castigue!
Ele disse isso porque Jesus havia mandado o espírito mau sair dele. Esse espírito o havia agarrado muitas vezes. As pessoas chegaram até a amarrar os pés e as mãos do homem com correntes de ferro, mas ele as quebrava, e o demônio o levava para o deserto.
Jesus perguntou a ele: —Como é que você se chama? —O meu nome é Multidão! —respondeu ele. (Ele disse isso porque muitos demônios tinham entrado nele.)
Aí os demônios começaram a pedir com insistência a Jesus que não os mandasse para o abismo.
Muitos porcos estavam comendo num morro ali perto. Os demônios pediram com insistência a Jesus que os deixasse entrar nos porcos, e ele deixou.
Então eles saíram do homem e entraram nos porcos, que se atiraram morro abaixo, para dentro do lago, e se afogaram.
Quando os homens que estavam tomando conta dos porcos viram o que havia acontecido, fugiram e espalharam a notícia na cidade e nos seus arredores.
Muita gente foi ver o que havia acontecido. Quando chegaram perto de Jesus, viram o homem de quem haviam saído os demônios. E ficaram assustados porque ele estava sentado aos pés de Jesus, vestido e no seu perfeito juízo.
Os que haviam visto tudo contaram ao povo como o homem tinha sido curado.
Aí toda a gente da região de Gerasa ficou com muito medo e pediu que Jesus saísse da terra deles. Então Jesus subiu no barco e foi embora.
E o homem de quem os demônios tinham saído implorou a Jesus: —Me deixe ir com o senhor! Mas Jesus o mandou embora, dizendo:
—Volte para casa e conte o que Deus fez por você. Então o homem foi pela cidade, contando o que Jesus tinha feito por ele.
historia biblica... Jesus Cristo: Cura a mão aleijada - Lc 6.6-11
Alguns mestres da Lei e alguns fariseus ficaram espiando Jesus com atenção para ver se ele ia curar alguém no sábado. Pois queriam arranjar algum motivo para o acusar de desobedecer à Lei.
Mas Jesus conhecia os pensamentos deles e por isso disse para o homem que tinha a mão aleijada: —Levante-se e fique em pé aqui na frente. O homem se levantou e ficou em pé.
Então Jesus disse: —Eu pergunto a vocês: o que é que a nossa Lei diz sobre o sábado? O que é permitido fazer nesse dia: o bem ou o mal? Salvar alguém da morte ou deixar morrer?
Jesus olhou para todos os que estavam em volta dele e disse para o homem: —Estenda a mão! O homem estendeu a mão, e ela sarou.
Aí os mestres da Lei e os fariseus ficaram furiosos e começaram a conversar sobre o que poderiam fazer contra Jesus.
historia biblica... Jesus, encontrado no templo - Lc 2.40-52
historia biblica... Nascimento de Jesus Cristo - Lc 2.1-24
Quando foi feito esse primeiro recenseamento, Cirênio era governador da Síria.
Então todos foram se registrar, cada um na sua própria cidade.
Por isso José foi de Nazaré, na Galiléia, para a região da Judéia, a uma cidade chamada Belém, onde tinha nascido o rei Davi. José foi registrar-se lá porque era descendente de Davi.
Levou consigo Maria, com quem tinha casamento contratado. Ela estava grávida, e aconteceu que, enquanto se achavam em Belém, chegou o tempo de a criança nascer.
Então Maria deu à luz o seu primeiro filho. Enrolou o menino em panos e o deitou numa manjedoura, pois não havia lugar para eles na pensão.
Naquela região havia pastores que estavam passando a noite nos campos, tomando conta dos rebanhos de ovelhas.
Então um anjo do Senhor apareceu, e a luz gloriosa do Senhor brilhou por cima dos pastores. Eles ficaram com muito medo, mas o anjo disse: —Não tenham medo! Estou aqui a fim de trazer uma boa notícia para vocês, e ela será motivo de grande alegria também para todo o povo!
Hoje mesmo, na cidade de Davi, nasceu o Salvador de vocês—o Messias, o Senhor!
Esta será a prova: vocês encontrarão uma criancinha enrolada em panos e deitada numa manjedoura.
13 No mesmo instante apareceu junto com o anjo uma multidão de outros anjos, como se fosse um exército celestial. Eles cantavam hinos de louvor a Deus, dizendo:
—Glória a Deus nas maiores alturas do céu! E paz na terra para as pessoas a quem ele quer bem!
Quando os anjos voltaram para o céu, os pastores disseram uns aos outros: —Vamos até Belém para ver o que aconteceu; vamos ver aquilo que o Senhor nos contou.
Eles foram depressa, e encontraram Maria e José, e viram o menino deitado na manjedoura.
Então contaram o que os anjos tinham dito a respeito dele.
Todos os que ouviram o que os pastores disseram ficaram muito admirados.
Maria guardava todas essas coisas no seu coração e pensava muito nelas.
Então os pastores voltaram para os campos, cantando hinos de louvor a Deus pelo que tinham ouvido e visto. E tudo tinha acontecido como o anjo havia falado.
Uma semana depois, quando chegou o dia de circuncidar o menino, puseram nele o nome de Jesus. Pois o anjo tinha dado esse nome ao menino antes de ele nascer.
Chegou o dia de Maria e José cumprirem a cerimônia da purificação, conforme manda a Lei de Moisés. Então eles levaram a criança para Jerusalém a fim de apresentá-la ao Senhor.
Pois está escrito na Lei do Senhor: “Todo primeiro filho será separado e dedicado ao Senhor.”
Eles foram lá também para oferecer em sacrifício duas rolinhas ou dois pombinhos, como a Lei do Senhor manda.
historia biblica... Os jovens na fornalha
historia biblica... O rei menino que ficou escondido
historia biblica... Um jovem que virou rei
historia biblica... O menino que ouvia a voz de Deus
historia biblica... Davi vence a Golias
Os filisteus pararam no monte que ficava de um lado do vale, e os israelitas ficaram no monte do outro lado.
Um homem chamado Golias, da cidade de Gate, saiu do acampamento filisteu para desafiar os israelitas. Ele tinha quase três metros de altura e usava um capacete de bronze e uma armadura também de bronze, que pesava uns sessenta quilos.
As pernas estavam protegidas por caneleiras de bronze, e ele carregava nos ombros um dardo, também de bronze.
A lança dele era enorme, muito grossa e pesada; a ponta era de ferro e pesava mais ou menos sete quilos. Na frente dele ia um soldado carregando o seu escudo. Golias veio, parou e gritou para os israelitas: —Por que é que vocês estão aí, em posição de combate? Eu sou filisteu, e vocês são escravos de Saul! Escolham um dos seus homens para lutar comigo.
Se ele vencer e me matar, nós seremos escravos de vocês; mas, se eu vencer e matá-lo, vocês serão nossos escravos.
Eu desafio agora o exército israelita. Mandem alguém para lutar comigo!
Quando Saul e os seus soldados ouviram isso, ficaram apavorados.
Davi era filho de Jessé, do povoado de Efrata, que ficava perto de Belém de Judá. Jessé tinha oito filhos. No tempo em que Saul era rei, Jessé já estava bem idoso.
Os seus três filhos mais velhos tinham ido com Saul para a guerra. O primeiro se chamava Eliabe, o segundo, Abinadabe, e o terceiro, Siméia.
Davi era o filho mais novo. Enquanto os seus três irmãos mais velhos ficavam com Saul, Davi ia ao acampamento de Saul e voltava a Belém para tomar conta das ovelhas do seu pai.
Durante quarenta dias Golias desafiou os israelitas todas as manhãs e todas as tardes.
Um dia Jessé disse a Davi: —Pegue dez quilos de trigo torrado e estes dez pães e vá depressa levar para os seus irmãos no acampamento.
Leve também estes dez queijos ao comandante. Veja como os seus irmãos estão passando e traga uma prova de que você os viu e de que eles estão bem.
Os seus irmãos, o rei Saul e todos os outros soldados israelitas estão no vale do Carvalho, lutando contra os filisteus.
Na manhã seguinte Davi se levantou cedo, deixou alguém encarregado das ovelhas, pegou os mantimentos e foi, como Jessé havia mandado. Ele chegou ao acampamento justamente na hora em que os israelitas, soltando o seu grito de guerra, estavam saindo a fim de se alinhar para a batalha.
O exército dos filisteus e o exército dos israelitas tomaram posição de combate, um de frente para o outro.
Davi deixou as coisas com o oficial encarregado da bagagem e correu para a frente de batalha. Chegou perto dos seus irmãos e perguntou se estavam bem.
Enquanto Davi estava falando com eles, Golias avançou e desafiou os israelitas, como já havia feito antes. E Davi escutou.
Quando os israelitas viram Golias, fugiram apavorados.
Eles diziam: —Olhem para ele! Escutem o seu desafio! Quem matar esse filisteu receberá uma grande recompensa: o rei lhe dará muitas riquezas, lhe dará sua filha em casamento, e a família do seu pai nunca mais vai ter de pagar nenhum imposto.
Então Davi perguntou aos soldados que estavam perto dele: —O que ganhará o homem que matar esse filisteu e livrar Israel desta vergonha? Afinal de contas, quem é esse filisteu pagão para desafiar o exército do Deus vivo?
Aí eles lhe contaram o que ganharia quem matasse Golias.
Eliabe, o irmão mais velho de Davi, ouviu-o conversando com os soldados. Então ficou zangado e disse: —O que é que você está fazendo aqui? Quem é que está tomando conta das suas ovelhas no deserto? Seu convencido! Você veio aqui só para ver a batalha!
—O que foi que eu fiz agora? —perguntou Davi. —Será que não posso nem fazer uma pergunta?
Então Davi fez a mesma pergunta a outro soldado. E ouviu a mesma resposta.
Alguns soldados ouviram o que Davi tinha dito e contaram a Saul. Então ele mandou chamar Davi.
Davi chegou e disse a Saul: —Meu senhor, ninguém deve ficar com medo desse filisteu! Eu vou lutar contra ele.
Mas Saul respondeu: —Você não pode lutar contra esse filisteu. Você não passa de um rapazinho, e ele tem sido soldado a vida inteira!
—Meu senhor, —disse Davi—eu tomo conta das ovelhas do meu pai. Quando um leão ou um urso carrega uma ovelha, eu vou atrás dele, ataco e tomo a ovelha. Se o leão ou o urso me ataca, eu o agarro pelo pescoço e o golpeio até matá-lo.
Tenho matado leões e ursos e vou fazer o mesmo com esse filisteu pagão, que desafiou o exército do Deus vivo.
O SENHOR Deus me salvou dos leões e dos ursos e me salvará também desse filisteu. —Pois bem! —respondeu Saul. —Vá, e que o SENHOR Deus esteja com você! Então deu a sua própria armadura para Davi usar. Pôs um capacete de bronze na cabeça dele e lhe deu uma couraça para vestir.
Davi prendeu a espada de Saul num cinto sobre a armadura e tentou andar. Mas não conseguiu porque não estava acostumado a usar essas coisas. Aí disse a Saul: —Não consigo andar com tudo isto, pois não estou acostumado. Então Davi tirou tudo.
Pegou o seu bastão, escolheu cinco pedras lisas no ribeirão e pôs na sua sacola. Pegou também a sua funda e saiu para enfrentar Golias.
Golias, o filisteu, começou a caminhar na direção de Davi. O ajudante que carregava as suas armas ia na frente. Quando chegou perto de Davi,
Golias olhou bem para ele e começou a caçoar porque Davi não passava de um rapaz bonito e de boa aparência.
Aí disse a Davi: —Para que é esse bastão? Você pensa que eu sou algum cachorro? Em seguida rogou a maldição dos seus deuses sobre Davi e o desafiou, dizendo: —Venha, que eu darei o seu corpo para as aves e os animais comerem.
Davi respondeu: —Você vem contra mim com espada, lança e dardo. Mas eu vou contra você em nome do SENHOR Todo-Poderoso, o Deus dos exércitos israelitas, que você desafiou.
Hoje mesmo o SENHOR Deus entregará você nas minhas mãos; eu o vencerei e cortarei a sua cabeça. E darei os corpos dos soldados filisteus para as aves e os animais comerem. Então o mundo inteiro saberá que o povo de Israel tem um Deus, e todos aqui verão que ele não precisa de espadas ou de lanças para salvar o seu povo. Ele é vitorioso na batalha e entregará todos vocês nas nossas mãos.
Então Golias começou novamente a caminhar na direção de Davi, e Davi correu rápido na direção da linha de batalha dos filisteus, para lutar contra ele.
Enfiou a mão na sua sacola, pegou uma pedra e com a funda a atirou em Golias. A pedra entrou na testa de Golias, e ele caiu de cara no chão. Então Davi correu, ficou de pé sobre Golias, tirou a espada dele da bainha e o matou, cortando com ela a cabeça dele. E assim Davi venceu Golias e o matou apenas com uma pedra. Quando os filisteus viram que o seu herói estava morto, fugiram.
historia biblica... Moisés e a Sarça em chamas
Ali o Anjo do SENHOR apareceu a ele numa chama de fogo no meio de um espinheiro. Moisés viu que o espinheiro estava em fogo, porém não se queimava.
Então pensou: “Que coisa esquisita! Por que será que o espinheiro não se queima? Vou chegar mais perto para ver.”
Quando o SENHOR Deus viu que Moisés estava chegando mais perto para ver melhor, ele o chamou do meio do espinheiro e disse: —Moisés! Moisés! —Estou aqui—respondeu Moisés.
5 Deus disse: —Pare aí e tire as sandálias, pois o lugar onde você está é um lugar sagrado. E Deus continuou:
—Eu sou o Deus dos seus antepassados, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Aí Moisés cobriu o rosto porque ficou com medo de olhar para Deus.
Então o SENHOR disse: —Eu tenho visto como o meu povo está sendo maltratado no Egito; tenho ouvido o seu pedido de socorro por causa dos seus feitores. Sei o que estão sofrendo.
Por isso desci para libertá-los do poder dos egípcios e para levá-los do Egito para uma terra grande e boa. É uma terra boa e rica, onde moram os cananeus, os heteus, os amorreus, os perizeus, os heveus e os jebuseus.
De fato, tenho ouvido o pedido de socorro do meu povo e tenho visto como os egípcios os maltratam. Agora venha, e eu o enviarei ao rei do Egito para que você tire de lá o meu povo, os israelitas.
Moisés perguntou a Deus: —Quem sou eu para ir falar com o rei do Egito e tirar daquela terra o povo de Israel?
Deus respondeu: —Eu estarei com você. Quando você tirar do Egito o meu povo, vocês vão me adorar neste monte, e isso será uma prova de que eu o enviei.
Porém Moisés disse: —Quando eu for falar com os israelitas e lhes disser: “O Deus dos seus antepassados me enviou a vocês”, eles vão me perguntar: “Qual é o nome dele?” Aí o que é que eu digo?
Deus disse: —EU SOU QUEM SOU. E disse ainda: —Você dirá o seguinte: “EU SOU me enviou a vocês.
O SENHOR, o Deus dos seus antepassados, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, me enviou a vocês. Este é o seu nome para sempre, e assim ele será lembrado por vocês em todos os tempos.”
Depois Deus disse: —Vá, reúna os líderes do povo de Israel e diga que eu, o SENHOR, o Deus dos seus antepassados, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, apareci a você e ordenei que lhes dissesse: “Tenho visto a sua situação e sei o que os egípcios estão fazendo com vocês.
Eu resolvi tirá-los do Egito, onde estão sendo maltratados. E vou levá-los para uma terra boa e rica, a terra dos cananeus, dos heteus, dos amorreus, dos perizeus, dos heveus e dos jebuseus.”
—O meu povo ouvirá o que você vai dizer. Depois você e os líderes do povo de Israel irão falar com o rei do Egito. Digam a ele: “O SENHOR, o Deus dos hebreus, apareceu a nós. Agora deixe-nos ir para o deserto, a uma distância de três dias de viagem, para oferecer sacrifícios ao SENHOR, nosso Deus.”
Eu sei que, se o rei do Egito não for obrigado, ele não deixará vocês irem embora.
Por isso eu vou usar o meu poder e fazer coisas terríveis para castigar os egípcios. Depois disso o rei deixará que vocês saiam do Egito.
—Eu farei com que os egípcios respeitem vocês. E, quando vocês saírem, não irão de mãos vazias.
Cada mulher israelita deverá pedir às mulheres egípcias que estiverem morando na casa dela ou que sejam suas vizinhas que lhe dêem objetos de prata e de ouro e roupas com que vocês vestirão os seus filhos e as suas filhas. E assim vocês tomarão as riquezas dos egípcios.
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historia biblica... Quem fez o mundo?
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
O nascimento de Jesus
Maria e José viviam felizes, à espera da criança que ia nascer.
Alguns meses depois, o imperador romano Augusto, que governava todo o país, fez uma nova lei para recensear (contar) a população: todos tinham de se ir registar na cidade onde tinham nascido, para depois poderem ser cobrados impostos.
A família de José viera de Belém, por isso eles tinham de voltar para lá.
Começou a longa viagem com Maria, que já estava quase na altura de dar à luz.
Carregaram algumas coisas num burro, e partiram, com Maria montada no animal.
Já era muito tarde quando chegaram a Belém, e Maria estava muito cansada. A cidade estava cheia de gente e de barulho, por causa de todos os que tinham vindo registar-se.
José tentou encontrar um quarto nas várias estalagens, mas já nenhuma tinha lugar.
Continuaram a percorrer as ruas à procura de um lugar onde dormir, José puxando o burro pela arreata e Maria montada nele.
Bateram à porta da última estalagem da terra, mas também aí já não havia lugar. Havia um estábulo perto, que estava limpo e era abrigado.
José levou-os até lá. Ajudou Maria a descer do burrinho e fez uma cama com palha, que cobriu com uma manta, para todos descansarem.
À meia noite, o filho de Maria nasceu.
Maria embrulhou-o num pano e José encheu uma manjedoura com palha limpa e fofa e nela deitaram o bebé.
Chamaram-lhe Jesus, tal como dissera o anjo.
Maria e o Anjo Gabriel
Maria vivia na cidade de Nazaré, que fica nas colinas da Galileia. Estava prometida para casar com José, descendente de David, que era carpinteiro.
Um dia, Deus enviou a Maria um anjo, o anjo Gabriel, que lhe disse:
- Salvé, ó cheia de graça, o Senhor está contigo.
Maria não entendeu o que aquelas palavras queriam dizer, e o anjo continuou:
- Não tenhas medo, Deus enviou-me para te dizer que vais ter um filho, a quem darás o nome de Jesus. Ele será rei, e o seu reino não terá fim.
- Como pode ser, se eu ainda não sou casada?
- É obra de Deus, que pode tudo. O Espírito Santo descerá sobre ti, e o teu filho irá chamar-se Filho de Deus.
Maria disse então:
- Sou a escrava do Senhor, faça-se como é a Sua vontade.
José era um homem bom, mas quando soube que Maria estava à espera de bebé e ele ainda não era marido dela, achou que já não devia casar-se.
Naquela noite, ele teve um sonho. Apareceu-lhe um anjo que lhe disse:
- José, filho de David, não deixes de aceitar Maria. O filho que ela traz é o Filho de Deus. Chamar-se-á Jesus porque vai salvar o povo dos seus pecados.
No dia seguinte, José lembrou-se do que o anjo dissera e casou com Maria, prometendo tratar muito bem dela e do filho que ia nascer.
A adoração dos Pastores
Nas colinas à volta da cidade de Belém, alguns pastores estavam reunidos à volta das fogueiras, guardando os seus rebanhos.
De repente, viram uma luz brilhante surgir no céu escuro e um anjo apareceu-lhes, assustando-os. O anjo disse-lhes:
- Não tenhais medo. Trago-vos uma boa notícia, para vós e para todo o mundo. Nesta noite, em Belém, nasceu o Salvador.
E logo a seguir, mais anjos surgiram no céu cantando louvores:
- Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade.
Pouco a pouco, a luz começou a diminuir e todos os anjos desapareceram lentamente.
Os pastores decidiram logo que tinham de ir procurar essa criança. Desceram das colinas, encontraram o estábulo e entraram devagarinho.
Viram o menino na manjedoura, aquecido pelo bafo do burrinho e de uma vaca deitados ao seu lado, e logo se ajoelharam a adorá-Lo. Em seguida contaram a Maria e a José o que o anjo lhes tinha dito.
Mais tarde, deixaram-nos e foram felizes a Belém dizer a toda a gente que o Filho de Deus nascera, e depressa todos souberam do nascimento de Jesus.
Cantando louvores a Deus, ao fim da noite, os pastores voltaram às suas colinas e aos seus rebanhos.
Os três Reis Magos
Num país distante viviam três homens sábios que estudavam as estrelas e o céu. Um dia viram uma nova estrela muito mais brilhante que as restantes, e souberam que algo especial tinha acontecido.
Perceberam que nascera um novo rei e foram até ele.
Os três reis magos, Gaspar, Melchior e Baltazar, levavam presentes, e seguiam a estrela que os guiava até que chegaram à cidade de Jerusalém.
Aí perguntaram pelo Rei dos Judeus, pois tinham visto a estrela no céu.
Quando o rei Herodes soube que estrangeiros procuravam a criança, ficou zangado e com medo. Os romanos tinham-no feito rei a ele, e agora diziam-lhe que outro rei, mais poderoso, tinha nascido?
Então, Herodes reuniu-se com os três reis magos e pediu-lhe para lhe dizerem quando encontrassem essa criança, para ele também a ir adorar.
Os reis magos concordaram e partiram, seguindo de novo a estrela, até que ela parou e eles souberam que o Rei estava ali.
Ao verem Jesus, ajoelharam e ofereceram-lhe o que tinham trazido: ouro, incenso e mirra. A seguir partiram.
À noite, quando pararam para dormir, os três reis magos tiveram um sonho. Apareceu-lhe um anjo que os avisou que o rei Herodes planeava matar Jesus.
De manhã, carregaram os camelos e já não foram até Jerusalém: regressaram à sua terra por outro caminho.
José também teve um sonho. Um anjo disse-lhe que Jesus corria perigo e que ele devia levar Maria e a criança para o Egipto, onde estariam em segurança. José acordou Maria, prepararam tudo e partiram ainda de noite.
Quando Herodes soube que fora enganado pelos reis magos, ficou furioso. Tinha medo que este novo rei lhe tomasse o trono.
Então, ordenou aos soldados para irem a Belém e matarem todos os meninos com menos de dois anos. Eles assim fizeram.
As pessoas não gostavam de Herodes, e ficaram a odiá-lo ainda mais.
Maria e José chegaram bem ao Egipto, onde viveram sem problemas.
Então, tempos depois, José teve outro sonho: um anjo disse-lhe que Herodes morrera e que agora era altura de regressar com a família a Nazaré à sua casa.
Depois da longa viagem de regresso, eles chegaram enfim ao seu lar.
Anita vai às Aulas
Segunda-feira de manhã a Anita vai às aulas:
As conversas são animadas no pátio da escola.
Este fim-de-semana demos um grande passeio de bicicleta.
- Eu fiquei em casa; mascarámo-nos com os vestidos velhos da mamã enquanto o papá via a televisão.
Mostra o que tens dentro do teu cesto - pediu a Anita à Estefânia.
- É um ratinho branco que ganhei na feira.
- Um ratinho verdadeiro?
A Anita não tem tempo de perguntar mais nada à sua amiga. A professora chama com insistência os retardatários. Anita vem para as aulas.
Cada um arruma as suas coisas no vestiário.
- Vou esconder o meu ratinho em cima do armário diz a Estefânia.
- Devias era guardar esse bichinho em casa. Aqui, arriscas-te a arranjar sarilhos.
- Não posso, por causa do meu gato. Mas esta tarde vou levá-lo para casa do meu primo Nicolau.
- És tu a nova aluna? - pergunta a Anita.
- Sou, sim; chamo-me Cíntia… Estou um pouco desnorteada, sabes? - A aula é ao fundo do corredor. A professora é simpática. Vais ver… Vem comigo. Eu vou guiar-te.
- Esta é a Cíntia - diz a Anita entrando na sala de aula com a nova aluna.
A turma quase entra em festa. Já esperavam a Cíntia com impaciência. Uns dias antes a professora tinha anunciado a sua chegada.
- É indiana - diz o Francisco ao ouvido do Lourenço.
- Estás a inventar!
- Vê-se bem!… A professora falou-nos dela há dias. Evidentemente, não prestaste atenção!
- Cíntia, estes são os teus novos companheiros: Anita, Estefânia, Francisco, Lourenço… toda a turma - diz a professora.
- A Cíntia pode ficar sentada ao pé de mim?
- Pode. Mas é preciso que lhe expliques um pouco como é a vida na aula… Agora voltem para os vossos lugares. Vamos começar pela lição de Geografia e continuar a nossa descoberta do Mundo. Quem sabe onde fica a índia?
- A índia fica na Ásia, senhora professora.
- És capaz de nos indicar esse país no mapa-múndi? - É aqui, perto da Birmânia.
- A índia é muito longe? - pergunta a Anita.
- Claro que sim! É preciso ir de avião para lá chegar.
Perto da escola fica a Biblioteca Pública. A professora leva lá regularmente os alunos. Aqui ninguém se aborrece. Na sala de leitura há álbuns ilustrados, romances, livros científicos e revistas. Todas estas obras estão numeradas, registadas e arrumadas em prateleiras.
Quem quer ler inscreve-se à entrada, falando com a bibliotecária.
- Todos ao mesmo tempo não, por favor… Um pouco de
paciência!
A Anita gostaria de levar todos os livros da biblioteca.
- Aquele ali é giro. É uma enciclopédia.
- Este eu já li. Tenho a certeza de que vais gostar.
Os alunos encontram-se todos no recreio.
Olha, um menino a chorar! - Que te aconteceu? Caíste?
- Perdi a minha senha. Não posso almoçar na cantina.
- Não te preocupes. Hás-de achá-la. Vais ver… E tu, Sebastião, dói-te a cabeça?…
- Tenho o barrete na cabeça porque estou sempre com frio.
- Está bem! Mas não fiques aí, pateta! Vai brincar com os teus companheiros. Assim, já aqueces. O recreio é para isso!
- Vem para a roda, vem depressa, Anita! - chama a Cíntia.
- Francisco, David, Estefânia, dêem as mãos. Vamos passar por debaixo da ponte. Ó senhor barqueiro, deixe-nos passar…
Acabou-se o recreio!
A anita e os colegas vão para as aulas.
A professora explica às crianças o novo trabalho que terão de fazer:
- Vamos escrever uma carta ao director do jornal a pedir autorização para visitarmos a sua tipografia.
- Acha que ele nos vai responder?
- E vamos ver como se imprime o jornal?
- Isso dependerá da maneira como redigirem o pedido. Devem explicar-lhe com clareza o que desejam: esse é o assunto da vossa carta. Não se esqueçam de acabar com uma fórmula de delicadeza. Preparem o rascunho em grupos. Quando acabarem, escolheremos os melhores textos. Combinado?
Escrever uma carta não é assim tão simples. Apesar disso, não faltam ideias, mas o Francisco e a Valéria não estão de acordo na escolha das palavras.
- Não vale a pena amuares, Francisco! Se todos amuassem, nunca se poderia trabalhar em conjunto - diz a professora.
A professora examina os rascunhos e corrige as frases pouco correctas. Terminada a carta, é preciso passar a limpo o texto. A Valéria, que tem uma bonita caligrafia, vai fazer isso muito bem. Depois só é preciso escrever correctamente o endereço no sobrescrito, sem esquecer o código postal.
Claro que nas aulas aprende-se Aritmética, História, Geografia e fazem-se ditados, mas também há Trabalhos Manuais, e, duas vezes por semana, Ginástica.
- Apanha a bola, Anita! Não, assim não. Com as duas mãos. Hás-de conseguir, basta treinares um pouco.
E agora, uma cambalhota no plinto:
- Vamos, vamos, o que se segue! Este exercício exige agilidade.
O Manuel não participa nos exercícios esta semana porque partiu um braço. Foi atropelado por uma motocicleta.
Ao meio-dia, a Anita sai da aulas, almoça-se na cantina. Cada um vai buscar o seu tabuleiro ao balcão: o prato já servido, os talheres, o pão… não esquecendo o copo nem a palhinha para beber um sumo de fruta.
- Tens uma nova colega?
- Chama-se Cíntia - responde a Anita. - E a senha?… Encontraste-a, Frederico?
- Encontrei. Estava nos meus calções de ginástica.
- Que aconteceu àquele rapaz?
- Fracturou um braço. E não consegue cortar a carne sozinho.
Depois do almoço, há grande entusiasmo na turma. A anita e os colegas voltam às aulas.
Miúdos e graúdos reúnem-se na sala de Trabalhos Manuais.
- Vamos estudar uma poesia de Fernando Pessoa - propõe a professora - e depois ilustrá-la com desenhos. Quem a quer explicar? Ninguém?…
- Eu gostava de tentar - diz a Anita.
- Muito bem. Vamos ouvir…
- É a história de um menino que tinha um caracol de estimação. Guardava-o dentro de um chapéu enquanto ia para casa; o menino usava chapéu por causa do Sol…
- Estás a ir muito bem, Anita. E depois?
- O caracol fazia cócegas ao menino! E ele andava tão depressa quanto podia para chegar a casa e tirar o chapéu e soltar o caracol. - E quando o menino chegou a casa?
- Tirou o chapéu… mas o caracol não caiu, nem fugiu, nem isso tinha importância nenhuma… porque o caracol… era um caracol do cabelo!
Assim acaba a história do menino e do seu caracol. Só falta meter mãos à obra. Onde estão as aguarelas para colorir as ruas, o menino, o seu cabelo encaracolado?
Atenção, cautela com as nódoas!
Os pequenos artistas improvisam aventais com sacos de plástico. Desta forma, as suas roupas ficam limpas…
Uma aluna desenha o cabelo do menino com muitos caracóis castanhos, cheios de voltas.
A Cíntia desenha a casa do menino. É azul e a mãe do menino está à porta à espera dele.
O Francisco recorta imagens de um folheto: uma casa de telhado vermelho com um pomar em redor. As folhas caem: amarelas, cor de cobre, castanhas.
A Anita prefere a Primavera por causa das flores e dos passarinhos.
- Podemos levar os desenhos para casa, senhora professora?
- Eu também quero; gostava de mostrar o meu à minha mamã.
- Com certeza!… Vamos expor os trabalhos na aula. Depois podem levá-los para casa.
- Arrumem tudo nas pastas e lavem os pincéis. Está um tempo magnífico. Vamos aproveitar para descer até ao rio. Veremos o que se passa à beira da água. Vocês tomarão notas nos cadernos de redacção…
- Podemos apanhar peixinhos, senhora professora? - pergunta o Francisco.
- E rãs? - acrescenta o Frederico. - Vi-as noutro dia no canavial. Têm olhos que parecem berlindes. Fazem bolhas e mergulham para apanharem os insectos… pluf!
- Está bem, mas depois atiram-nas outra vez à água. Senão acabam-se os ovos e acabam-se as rãs - diz a professora.
- Contanto que encontremos girinos! Podemos levá-los para a escola, metê-los no aquário e, quando crescerem, deitamo-los outra vez ao rio!
Os girinos são engraçados. Fazem ziguezagues. Agitam-se. Nunca estão sossegados.
- Quem vai limpar o aquário? Quem vai mudar a água regularmente? Se ninguém o fizer, os girinos ficam sem oxigénio e morrem - lembra a professora.
- Faremos o que for necessário: está prometido - diz a Anita.
A campainha toca: por hoje, as aulas terminaram. As crianças arrumam rapidamente as suas coisas.
- Não se esqueçam de nada, sobretudo do caderno diário; senão, não podem fazer os trabalhos de casa. Nada de ser cabeça-no-ar!
Os mais apressados já estão cá fora. À saída da escola, os pais esperam-nos, os automóveis fazem bicha.
- Então, como passaste este primeiro dia? - pergunta a mãe da Cíntia.
- Olha, mamã, esta é a Anita, a minha nova amiga - diz a Cíntia.
Outros esperam o autocarro. As pastas amontoam-se no pátio da escola. A Estefânia traz o cesto com o ratinho branco.
- Espero que o Nicolau queira ficar com ele e não o deixe fugir!
Cá está o autocarro! O condutor reúne os alunos tocando a buzina.
A Anita, de pasta às costas, monta na sua bicicleta:
- Boa tarde!… Até amanhã, Cíntia. Sente-se feliz. A sua nova colega é verdadeiramente simpática.
- Adeus, Anita! Não te esqueças de deitar a carta no correio… a carta
para o director do jornal.
E assim a Anita acaba as aulas com um dia em cheio.
O Velho o Menino e o Burro
Num lugar que você sabe este fato aconteceu.
As pessoas que eu descrevo, você talvez conheceu.
E se você não se lembra,
procure na consciência.
Porque se houver semelhança,
não é mera coincidência.
O burrico vinha trotando pela estrada.
De um lado vinha o velho, puxando o cabresto.
Do outro vinha o menino, contente, que o dia estava fresquinho e o sol
brilhava no céu.
Sentados no barranco estavam dois homens.
No que viram o burro mais o velho e o menino, um cutucou o outro:
– Veja só, compadre! Que despropósito! Em vez do velho montar no
burro, vem puxando ele!
O velho e o menino se olharam.
Assim que viraram na primeira curva, o velho parou o burro e montou
nele.
O menino segurou o cabresto e lá se foram os três, muito
satisfeitos.
Até que perto da ponte tinha uma casa com uma mulher na janela.
– Olha só, Sinhá, venha ver o desfrute! O velho no bem-bom, montado
no burro, e o pobre do menino gramando a pé!
O velho e o menino se olharam de novo.
Assim que saíram da vista da mulher, o velho desceu do burro e
botou o menino na sela.
E foram andando um pouco ressabiados, o velho puxando o burro pelo
cabresto, pensando no que o povo podia dizer.
Logo logo, passaram numa porteira onde estava parada uma velha mais
uma menina.
– Mas que absurdo, minha gente! Um velho que nem se agüenta nas
pernas andando a pé, e o guri, bem sem-vergonha, escanchado no burro!
Os dois se olharam e nem esperaram.
O velho mais que depressa montou na garupa do burro e lá se foram
os três.
Dali a pouco encontraram um padre que vinha pela estrada mais o
sacristão:
– Olha só, que pecado, onde é que já se viu? O pobre do burro,
coitadinho, carregando dois preguiçosos! Mas isso é coisa que se faça?
O velho e o menino, desanimados, desmontaram e nem discutiram:
saíram carregando o burro.
Mas nem assim o povo sossegou!
Cada vez que passavam por alguém, era só risada!
– Olha só os dois burros carregando o terceiro!
Quando chegaram em casa, o velho sentou cansado, se assoprando:
– Bem feito! — ele dizia. — Bem feito!
– Bem feito o quê, vô?
– Bem feito pra nós. Que a gente já faz muito de pensar pela
própria cabeça, e ainda quer pensar pela cabeça dos outros. Agora eu
sei por que é que meu pai dizia:
Quem quer agradar a todos
a si próprio não faz bem!
Pois só faz papel de burro
e não agrada a ninguém!