quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O primeiro dia de aula de Matheus!




Ele estava ansioso, esperava por esse momento há muito tempo. Iria começar sua rotina escolar, conhecer nossas pessoas, fazer novos amigos, aprender muito e brincar bastante. Já estava com seus 4 aninhos, já se sentia um pouco atrasado e sempre perguntava a sua mãe quando enfim começaria a estudar, mas ela sempre dava alguma desculpa. “- Espere o tempo certo!” Enfim o tempo havia chegado, faltavam poucos minutos para ir à escola pela primeira vez.
A cada minuto que passava seu pequeno coração acelerava cada vez mais, não estava nervoso, estava feliz, muito feliz! Como seria sua classe? Como seriam seus amigos e professores? E enquanto estava perdido em seus pensamentos, sua mãe lhe perguntou: “- Filho você realmente quer ir a escola hoje? Se você não estiver preparado poderemos tentar no início do ano que vem.” Matheus deu um pulo e rapidamente  falou: “- Estou preparadíssimo e espero por esse momento há muito tempo, ir a escola é o que sempre quis!”  Então sua mãe falou: “- Mas filho, estava pensando que seria melhor deixarmos para o próximo ano!”  Matheus não acreditava no que ouvia, já estava todo arrumado, fardado, materiais escolares comprados e por que deixar para o próximo ano? “- Não faça isso comigo mamãe, quero muito ir à escola, quero muito mesmo!” E com um tom triste a mãe fala: “- Tudo bem filho, esse dia tinha que chegar mesmo, não é?”
Então foram e ao chegarem à escola Matheus estava radiante de felicidade, foi a sua sala de aula, conheceu alguns colegas, conversou com a professora e a mãe ficou de longe a observá-lo, era notável a alegria do seu filho em seu primeiro dia de aula e ela sabia que ele ficaria bem, então foi ao seu encontro, se despediu e saiu. Seu coração ficou apertado, pequenino dentro do peito, seu pequeno garotinho estava crescendo e isso ela não poderia evitar. Tentou o quanto pôde adiar esse dia, mas sabia que um dia iria acontecer, e não imaginava o quanto ficaria perdida sem ter a companhia do seu pequeno Matheus todas as tardes. “-Não será fácil.” Ela falou.
E na verdade quem precisaria se adaptar a nova rotina era ela, pois o Matheus já estava mais do que adaptado na escola, entre os amigos e professores. Com o tempo ela se acostumaria, pois mãe fica feliz ao ver o filho feliz... E felicidade era o nome de Matheus naquele dia!

Moo, a vaca que não gostava de ser incomodada!

 
Moo viva em uma linda fazenda, era a fazenda do Seu Zeca. Sua vida, na maioria das vezes, era bem tranquila. Gostava de passear pelo campo, de conversar com os demais animais e deitar na grama debaixo de uma sombra de árvore.  Não tinha do que reclamar, a não ser quando os netinhos de Seu Zeca estavam por lá, pois eles não a deixavam em paz. Era o tempo todo atrás de seu leite e Moo não gostava de ser incomodada!
Os netinhos de Seu Zeca gostavam do leite da Moo, pois era bem quentinho e saboroso. E por isso, sempre que estavam por lá, corriam e pediam para o vovô tirar o leite da Moo, ela não podia descansar, pois a todo o momento Seu Zeca estava tirando seu leite e dando aos netinhos que queriam sempre mais!
Já estava muito irritada com tudo isso e resolveu fugir, pulou a cerca da fazenda e seguiu seu caminho, já estava anoitecendo, só iriam notar sua fuga pela manhã e quando percebesse sua falta ela já estaria longe, muito longe dali. Agora sim ela teria paz, não seria mais incomodada por daquelas crianças que pareciam nunca terem bebido leite antes.
Moo foi andando e ficava cada vez mais escuro, ela nunca tinha saído à noite e achava tudo muito estranho, os sons dos animais não eram os mesmo durante o dia, onde estavam os passarinhos?  Onde estava pisando? O frio estava grande, e pensou: “- Onde irei dormir?” Já estava arrependida de ter fugido, queria voltar para seu cantinho quentinho e seguro na fazenda, mas, para quê lado ela iria? Já estava perdida! Deitou onde estava e ficou a pensar na grande besteira que tinha feito, ela era feliz sem saber. Aquelas crianças queriam beber o seu leite porque era saboroso e ela só pensava em si mesma, em suas horas de descanso, em não ser incomodada! Estava perdida, no escuro, sem proteção e ali mesmo adormeceu.
No dia seguinte acordou com o sol e percebeu que não tinha andado muito e que conseguia ver a cerca da fazenda, correu de volta o mais rápido que pôde, pulou a cerca e voltou ao seu cantinho, estava feliz, pois pôde consertar a besteira que tinha feito. Em pouco tempo Seu Zeca chegou com seus netinhos para tirar seu leite, e pela primeira vez, sentiu uma alegria imensa em poder saciar a sede daquelas crianças com seu leite e daquele dia em diante nunca mais reclamou de nada, absolutamente nada!